sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Lavagem do Bonfim 2013



Principal manifestação popular de Salvador, depois do Carnaval, a Lavagem do Bonfim, aconteceu, em 2013, no dia 17 de janeiro. A festa, de data móvel, faz parte do ciclo de festejos populares e religiosos da capital baiana e acompanha o calendário da Igreja do Senhor do Bonfim. A história indica que a tradição da lavagem começou com a tarefa, dos escravos, de preparar o templo para o domingo festivo.

As mulheres iam com seus trajes brancos e torços na cabeça como era tradição. A água era colhida de uma fonte localizada no bairro e levada à Colina Sagrada por aguadeiros, no lombo de burros. Durante o trabalho cantava-se e dançava-se. Como boa parte das mulheres pertencia ao ritual do candomblé, algumas vezes entravam em transe, desagradando às autoridades, que proibiram, em alguns períodos, que ela ocorresse.

A lavagem no interior do templo foi proibida em 1899, pela Arquidiocese de Salvador, mas o povo insistiu com o costume. Hoje, é feita com água de cheiro e flores, levadas em potes, por baianas adeptas do candomblé ou do receptivo turístico, e por populares. A festa católica acontece com novena (nos dias anteriores) e missa festiva no domingo.




O Senhor do Bonfim é considerado o padroeiro do coração do povo da Bahia. O padroeiro original da capital baiana é São Francisco Xavier, e a padroeira do estado é Nossa Senhora da Conceição da Praia. A história do culto ao Senhor do Bonfim tem início em 1740, quando o Capitão de Mar e Guerra, Theodósio de Faria trouxe de Portugal uma imagem similar e no mesmo tamanho da que existia na cidade de Setúbal. Ela foi esculpida em pinho de riga, medindo 1,06m de altura. Uma curiosidade: a famosa fitinha do Bonfim era chamada de medida porque media o mesmo que o tamanho do braço direito da imagem.

Em 1745, a imagem foi guardada na Igreja da Penha, em Itapagipe, até a construção do templo de Nosso Senhor do Bonfim. No mesmo ano foi fundada uma irmandade de devotos, a Devoção do Senhor do Bonfim.

A única colina de Itapagipe foi escolhida para erguer a igreja, cuja construção durou de 1746 a 1772. Em 1754, a imagem foi transferida para o novo local de culto, onde está até os dias de hoje. Em 11 de janeiro de 1975, para guardar o grande número de objetos, joias, esculturas de cera e de madeiras, entre outros, dados como pagamento de promessas por graças alcançadas, foi criado o Museu dos ex-Votos, que é aberto a visitação e guarda muitas curiosidades e preciosidades, como fotos antigas e esculturas (Fonte:Secretaria do Turismo/BA).



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